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Geração de energia renovável deverá dobrar até 2050

Karrai

O mundo deverá dobrar a sua atual capacidade instalada de geração de energia renovável até 2050, para limitar o aquecimento global a 1,5º C, conforme prevê o Acordo de Paris. 

O objetivo é aumentar globalmente a geração de energia renovável dos atuais 2.500 gigawatts para mais de 27 mil gigawatts. A informação é do Head do Programa REmap, do Centro de Inovação e Tecnologia (IITC) da Internacional Renewable Energy Agency (IRENA), em Bonn, na Alemanha, Ricardo Gorini.

Os dados foram divulgados por Gorini, nesta quarta-feira (29), em Brasília, durante a abertura da VI Conferência Nacional de PCHs e CGHs. “Globalmente há cerca de 650 gigawatts de energia hídrica mapeados no pipeline de projetos até 2037. Os investimentos para atingirmos a meta deverão girar em torno de US$ 85 bilhões ao ano até 2050, isso significa cinco vezes mais do que foi investido até agora”, afirmou Gorini.

Dentro desta perspectiva, o aproveitamento de quedas d’água utilizadas para a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) serão fundamentais, já que são consideradas fontes de geração de energia renováveis.

“Além disso, a necessidade de eletrificação crescente das economias no mundo, como solução de descarbonização e criando mercado para geração de energias renováveis se tornará cada vez mais evidente”, informa Gorini. Outro ponto fundamental, segundo ele, é a importância da integração regional entre países de um mesmo continente, como é o caso da América do Sul.

Desafios 

Entre os desafios estão a incerteza regulatória, um valuation adequado para precificar a energia gerada pelos reservatórios, a falta de projetos financiáveis, e a inovação nas políticas, no planejamento e nas regras de mercado.

Dados atuais 

O Brasil tem um potencial para investimentos da ordem de R$ 131 bilhões no setor de PCHs e CGHs. A estimativa, da Abrapch (Associação Brasileira de PCHs e CGHs), foi informada em ofício ao Ministério de Minas e Energia e incluiu a sugestão de revisão do  Plano Decenal de Expansão de Energia e criação de um Programa Prioritário de  Pequenas Hidrelétricas Ambientalmente Sustentáveis (PPPHS).

Nos últimos cinco anos 117 pequenas usinas, entre PCHs (65) e CGHs  (52), entraram em operação no Brasil e geraram um investimento de R$ 7,9 bilhões em diferentes regiões do país.

Outras 110 PCHs e CGHs estão em construção ou aguardando  licenciamento. Além disso, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), obtidos pela Abrapch, apontam que 594 pequenas usinas estão em fase de Despacho de Registro de Intenção à Outorga de Autorização (DRI) ou Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRS), para que o interessado requeira o Licenciamento Ambiental pertinente nos órgãos competentes na ANEEL. Em estágio de eixo disponível, que quer dizer aptos para usuários interessados no desenvolvimento de estudos de inventário hidrelétrico, existem outros 598 processos.

“Estes 1.192 processos na ANEEL comprovam que o Brasil tem potencial para expandir a sua capacidade de geração de energia renovável proveniente de Pequenas Centrais Hidrelétricas em aproximadamente 300%”, afirma a presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch), Alessandra Torres de Carvalho. 

A presidente explica que, com um maior investimento em PCHs e CGHs, é possível diminuir a geração de usinas termelétricas, fazendo com que o Brasil produza uma energia mais limpa e mais barata.

Atualmente, as PCHs e CGHs somam juntas 5.560 megawatts  (MW) de energia gerada. São 1.046 usinas em operação no país.

Benefícios ambientais

As PCHs e CGHs têm, entre as vantagens, o fato de precisarem de áreas reduzidas de alagamento e de atenderem a comunidade local, dispensando extensas linhas de transmissão. Além disso, as estruturas das pequenas usinas protegem as margens dos rios contra a erosão e possibilitam o uso das águas para irrigação, piscicultura, abastecimento e lazer. “A energia gerada por PCHs e CGHs é configurada como a mais limpa entre as outras fontes sustentáveis”, afirma o vice-presidente da Abrapch, Ademar Cury. 

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