A pandemia do novo coronavírus assola o Brasil há mais de 1 ano e fez com que novos cuidados com a saúde tivessem que ser adotados, incluindo cuidados focados na saúde bucal. Por isso, neste artigo veremos como essa situação pode afetar diretamente a saúde das pessoas e qual é a relação da saúde bucal e pandemia.
Afinal, seja para a realização de tratamentos de rotina, a limpeza diária e até para a aplicação de lente de contato dental, algumas práticas precisaram ser alteradas para garantir a integridade dos pacientes nesse momento.
Mas, para além disso, estima-se que a qualidade da saúde oral possa influenciar no risco de contaminação e agravamento da Covid-19. Confira mais informações acerca desse tema a seguir.
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Situação da pandemia
Desde meados de fevereiro de 2020, o Coronavírus, que é uma classe de vírus SARS (Síndrome respiratória aguda grave) vem causando estragos no mundo inteiro.
Os primeiros casos da doença surgiram na China, ainda no final de 2019. Já no começo do ano seguinte, ela se espalhou pelo mundo, impactando diversos países, principalmente aqueles que não tiveram ações mais rígidas para conter a propagação do vírus, que é de fácil contágio.
Ao mesmo tempo em que a COVID-19 fazia mais e mais vítimas pelo mundo, todos os países, com as condições necessárias, começaram a acelerar o processo de estudos e, mais recentemente a vacinação, que é dada como a única forma efetiva de realmente conter o contágio desenfreado da doença.
Assim que as vacinas começaram a ser produzidas, podendo ser aplicadas, os países rapidamente se mobilizaram para vacinar toda a sua população. Neste momento, existem países com a vacinação bem avançada, enquanto outros caminham a passos lentos.
Situação do Brasil
No Brasil, a situação, desde o começo da pandemia, é bastante alarmante e preocupante.
Como não foram tomadas medidas muito severas em relação à contenção do vírus, a COVID-19 continua sua contaminação, deixando inúmeras vítimas e se mostrando como o cenário ideal para o surgimento e proliferação de variantes.
Atualmente, já são mais de 19 milhões de casos contabilizados, com mais de 530 mil vítimas fatais, ficando atrás apenas dos Estados Unidos em número de mortes pela doença.
A vacinação da doença está ocorrendo desde o começo do ano. No total, mais de 100 milhões de doses foram aplicadas, contando a primeira e a segunda doses da vacina disponível.
COVID e a saúde física
Naturalmente, tendo em vista o número de mortos da doença, sabemos que o coronavírus afeta, e muito, a saúde física das pessoas.
Essa é uma doença respiratória, que em casos mais graves danifica completamente o pulmão, impedindo que as pessoas consigam respirar, causando o óbito.
Em pessoas mais velhas, que já possuem a saúde mais fragilizada, e também em pessoas que possuem comorbidades, a doença pode avançar rapidamente, causando complicações irreversíveis.
Algumas comorbidades que podem ser problemáticas em relação ao coronavírus são:
- Diabetes;
- Pressão alta;
- Doenças renais;
- Doenças respiratórias crônicas.
Pandemia e saúde bucal
Agora, você sabia que existe também uma relação importante entre a pandemia e a saúde bucal?
Um exemplo diz respeito aos cuidados que as pessoas que utilizam aparelho movel devem ter para que ele não fique exposto e seja contaminado.
Nesse contexto, é fundamental destacar que é muito importante ter os cuidados necessários com a saúde bucal durante toda a vida, desde a infância, fortalecendo os dentes mesmo quando eles ainda são de lente.
Isso porque esse hábito ajuda a criar uma rotina de higienização adequada, além contribuir com a formação adequada dos dentes, diminuindo riscos de inflamações e perdas dentárias.
Durante a pandemia, reforçar esses cuidados se tornou ainda mais importante.
Como o coronavírus é uma doença que evolui mais rapidamente em pessoas com comorbidades ou com o organismo enfraquecido, é importante fortalecer a saúde em todos os aspectos, incluindo a saúde bucal – independentemente do uso de aparelho ortodôntico -, principalmente por essa ser uma das principais vias de contato/contaminação.
Além disso, outro motivo para reforçar os cuidados com a saúde bucal é a redução de doenças e problemas bucais, como as cáries, tártaro e acúmulo da placa bacteriana, que além de fragilizar o organismo também podem favorecer a contaminação pelo Sars-Cov-2 e manifestações mais graves da doença.
Isso porque essas e outras doenças afetam diretamente o organismo, causando o enfraquecimento do corpo e diminuindo a imunidade, o que facilita a entrada do coronavírus e o seu fortalecimento.
Mais ainda, estudos indicam que há relação direta da manifestação mais grave do Covid-19 em pessoas que apresentam inflamações gengivais.
Isso porque essas inflamações facilitam o acesso do vírus ao sistema cardiorespiratório, acelerando os processos de contaminação.
Deste modo, manter a higienização adequada e se atentar aos hábitos de levar objetos à boca se mostram cada vez mais necessários neste momento.
Tratamentos em época de Covid-19 e cuidados diários
Para reduzir os índices de contágio, uma das principais recomendações dos órgãos de saúde é manter o distanciamento social e evitar sair de casa quando não houver extrema necessidade.
Contudo, um receio e dúvida que podem surgir nesse sentido é com relação aos tratamentos que já vem sendo realizados, principalmente casos cirúrgicos e de urgência, como o implante dentário.
Para esses casos, cabe ressaltar que existem medidas de contenção e as normas de biossegurança em clínicas e consultórios precisaram ser reforçados e adaptados ao novo cenário de pandemia.
Com isso, não indica-se parar os tratamentos, visto que o cuidado junto ao profissional é essencial para manter a qualidade da saúde bucal, evitar inflamações e garantir a adesão efetiva dos procedimentos feitos.
Além disso, para o acompanhamento de procedimentos de longo prazo e que demandam acompanhamento frequente, como é o caso do aparelho, as visitas passaram a adotar – quando possível – intervalos maiores e/ou métodos de teleorientação.
Por fim, outros procedimentos como os estéticos, tiveram que ser paralisados inicialmente, tendo o retorno gradativo e com respeito às normas de segurança, como a redução dos agendamentos diários e uso de máscaras nos ambientes de circulação.
Aos poucos, tratamentos como o clareamento dental, puderam ser retomados pelas clínicas, ajudando as pessoas a qualificar ainda mais o sorriso, o que é muito importante em um momento delicado como esse.
Já em relação aos hábitos diários, os profissionais ainda chamam atenção para a escovação e hidratação mais frequente, principalmente pelo aumento no uso de máscaras, além da troca da escova a cada três meses ou após a contaminação pelo vírus.
Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog Qualivida Online, site no qual é possível encontrar diversas informações e conteúdos sobre os cuidados com a saúde física e mental.