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Universidades de medicina na Itália atraem estrangeiros

Karrai

Sonho de muitos jovens brasileiros, Medicina é um dos cursos mais concorridos do país. Com a disputa acirrada, alguns estudantes optam por tentar uma vaga na faculdade além das fronteiras nacionais – e a Itália pode ser uma opção para eles.

A primeira opção dos “pré-meds” no exterior costuma ser a Argentina, seja pela proximidade com o Brasil, seja pela facilidade de entrada na universidade. Não à toa, 1 a cada 7 estudantes universitários por lá são estrangeiros – brasileiros e peruanos são maioria disparada, segundo o ranking do Ministério da Educação da Argentina. Mas essa não é a opção mais vantajosa para quem está disposto a deixar o Brasil. Na Itália, estudantes de Medicina contam com mais vantagens, como diploma internacional, metodologia de ensino moderna, aulas ministradas em inglês e mensalidades mais acessíveis que a maioria das faculdades brasileiras.

Entre 2020 e 2021, mais de 1,5 mil brasileiros entraram para o sistema universitário italiano, para diversos cursos, como aponta o relatório do Ministério da Universidade e da Pesquisa da Itália. Em todo o país, são oferecidas quase 5 mil vagas nos cursos de Medicina, segundo os dados do ministério. Entre as escolas que ofertam o curso com aulas em inglês, é comum que tenham vagas exclusivas para estrangeiros. Na Sapienza Università di Roma, foram reservadas 55 vagas para estrangeiros no último vestibular – como mostra este outro levantamento.

“Vale lembrar também que o diploma médico da Itália habilita o profissional formado a trabalhar em qualquer país da União Europeia, graças ao acordo do bloco econômico”, destaca Letícia Sueiro, coordenadora de Conteúdo Didático Médico na Medical Boards Study Academy (MBSA).

A corrida dos futuros médicos no Brasil

Neste ano, a Universidade de São Paulo (USP) recebeu mais de 10 mil inscritos, que disputaram apenas 58 vagas, segundo relatório da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Isso faz com que as notas mínimas necessárias para a aprovação sejam elevadíssimas: para ser um calouro do campus da capital paulista, é preciso obter uma pontuação maior que 80, ainda na primeira fase do vestibular.

Fora de São Paulo a concorrência também é acirrada: o número de inscritos em outras universidades públicas é igualmente alto. Em 2021, dentre as 20 faculdades mais concorridas no Sistema de Seleção Unificado (SiSU), 18 eram cursos de Medicina. As vagas eram destinadas a instituições como Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mesmo quem tem dinheiro não passa por uma situação confortável. É preciso investir muito para conseguir realizar esse sonho. As mensalidades nas universidades brasileiras podem variar entre R$ 5 mil e R$ 13 mil, a depender da instituição e do campus escolhido. 

Esses valores deixam de fora outros gastos adjuntos, como transporte, alimentação, livros didáticos e outras atividades. Na prática, o curso de Medicina não é uma opção viável para a maioria dos brasileiros. Contraditoriamente, cada vez mais o Brasil precisa de novos médicos, para dar conta da demanda.

A alternativa italiana para médicos

“Ao contrário do Brasil, onde vestibulares frequentemente aparecem com 100-300 candidatos/vaga, a concorrência na Itália gira em torno de apenas 9 candidatos/vaga”, explica a coordenadora da MBSA. “Ao mesmo tempo, o vestibular de Medicina italiano conta com a facilidade de vagas reservadas a candidatos não europeus”.

Embora públicas, as universidades italianas não são gratuitas. Mas isso não é um empecilho: as instituições analisam o histórico de renda familiar de seus alunos, para inclusão social de estudantes de baixa renda. Dessa forma, um aluno que não tem condições de pagar a “mensalidade cheia” pode pagar menos de 100 euros, por ano.

E mesmo para quem tem renda elevada, atravessar o Atlântico vale a pena. Sem desconto, os valores máximos ficam na casa dos 3 mil euros anuais. Mensalmente, esse estudante desembolsaria cerca de 250 euros. Bem mais acessível que os R$ 5 mil mensais das universidades brasileiras mais baratas. Os valores variam de acordo com a universidade e podem ser consultados diretamente no site de cada instituição.

Outro benefício de se formar na Itália é que o diploma é válido como um Mestrado Integrado. Ou seja, o estudante termina a faculdade com título de Mestre – tudo isso com o mesmo tempo de duração das universidades brasileiras.

Para ser aprovado, é necessário prestar uma prova específica, o International Medical Admissions Test (IMAT). Através de cursos, os alunos têm acesso a conteúdos voltados exclusivamente ao vestibular italiano. “O conteúdo de Biologia, por exemplo, é mais avançado que o currículo brasileiro, e exige que o aluno tenha conhecimentos de fisiologia e anatomia humana, temas abordados em profundidade pela prova”, afirma Sueiro.

Para prestar o IMAT, o estudante não precisa ir até a Itália. No Brasil, a prova é aplicada na cidade de São Paulo. Ela acontece uma vez por ano, geralmente no mês de setembro.

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